Guilherme Cavalcante

Com oito ou nove anos de idade comecei com o meu primeiro negócio. Ao final de uma tarde de verão percebi a quantidade de latas de metal jogadas na areia da praia que eu frequentava. Ao constatar aquela realidade, dediquei-me, após a "pelada" de final de tarde, a recolher as latas e destiná-las à reciclagem. Ao final da temporada de verão, retornei à Curitiba com alguns trocados e com a constatação de que o mercado de reciclagem era muito rentável para uma criança de oito anos. Como Curitiba não tem praia tive que adaptar o meu negócio para uma nova realidade. Passei a destinar papel usado para reciclagem. Passado algum tempo, eu consegui juntar dinheiro suficiente para comprar um videogame e vários jogos que a maioria das crianças não tinha em suas casas. Meus amigos faziam filas para passar a tarde jogando os meus jogos. Verifiquei que explorar o ramo de jogos eletrônicos era muito mais legal, dava menos trabalho e um lucro maior, pois as crianças estavam dispostas a gastar muito com isso. Logicamente, meu negócio não prosperou pela imaturidade natural de uma criança. Problemas de comportamento de meus clientes aliados a sucessivos desfalques na geladeira da minha mãe fizeram com que meu "alvará de funcionamento" fosse caçado. Depois trabalhei como contínuo alguns anos e após entrar no curso de Direito fui estagiário no Tribunal de Justiça do Paraná. Desde o ano de 2004 trabalho em escritórios de advocacia. Nestes 10 anos dedicados à advocacia desenvolvi várias habilidades e aprendi muitas coisas com os profissionais fantásticos que passaram pelo meu caminho. Em abril de 2011 retomei meu caminho empreendedor com a fundação da CAVALCANTE & VIOLIN ADVOGADOS. Na minha trajetória profissional aprendi diversas coisas e descobri que tenho muitos defeitos a serem melhorados. Contudo, uma coisa permanece a mesma desde meu primeiro empreendimento aos 8 anos de idade: A vontade de fazer a diferença na comunidade que estou inserido.